segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Que história é esta de “ isentão”?

Agora apareceu por aí um carimbo para colar nas pessoas,que,como eu,querer ficar no “ centro”.
A expressão que uso para me caracterizar como “ centrista” vem do socialismo,do socialismo da II Internacional.
Ao longo dos tempos porém,este termo tomou múltiplos significados,inclusive de centrão conservador,aqui no Brasil.
É um termo quase placebo,anódino,mas ele é importante para designar pessoas como eu que repudiam os extremismos que,em nome de valores dogmáticos ou cientificistas,exigem adesão.
Os fundamentos de meu posicionamento já foram expostos em outros artigos,mas eu vou resumir aqui:a verdadeira ciência da sociedade não é o marxismo,é a sociologia,mas tanto um como outro saber não dão conta do mundo todo e só as sociedades organizadas em nações ou em outras formas de grupos sociais podem assumir a responsabilidade por elas próprias.O dia que houver uma comunidade internacional,uma nação universal(assunto para outro artigo),aí sim nós poderemos falar num internacionalismo consequente,efetivo,respeitando as particularidades regionais e os valores de cada país,cada classe,cada grupo ou etnia.
Enquanto não(infelizmente ainda não)só a partir desta mediação e de outros recursos intelectuais,como a geopolitica,nós podemos pensar em termos universais.
Ditas estas coisas,o centrista,como eu,está preocupado em interferir,como já interfere,votando e pagando imposto,na sua regionalidade.
Tanto a direita como a esquerda ficam tentando identificar os seus modelos explicativos com a nação,sempre a repudiando ou manipulando.
Através de Carlos Bolsonaro( o pitt bull da família)se atribui aos centristas a apelido pejorativo de “isentão”,que ,no fundo,para ele,é interação com o comunismo e com o PT( e com LGBT,etc.),num assomo de grosseira má compreensão do processo politico.Carlos pretende vender a ideia de que as suas posições se identificam com a nação brasileira,por ela ser predominantemente crente em Deus,mas o Brasil é uma república,onde quem predomina não é o católico,o umbandista,o direitista ou o esquerdista,mas o cidadão.

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