Assim
como só um remédio amargo cura um problema de saúde ,na vida social(e
individual até)só evoluímos quando reconhecemos os erros.Fiz uma proposta de
renúncia,ou seja,que o povo do Rio de Janeiro reconhecesse o erro que cometeu e
exigisse uma renovação do poder e necessária,a partir do reconhecimento e
análise do erro,agora.
Uma
das razões(e isto é muito comum)para eu defender o parlamentarismo ou o recall
é exatamente porque é possível retirar do poder um governante que erra tanto e
de forma tão letal,no momento em que ele pratica seus desatinos e nesta hora em
que a consciência se faz é de bom alvitre mudar.
Como
na vida individual o reconhecimento do problema causa mais um,mais
sofrimento,para depois se verificar o óbvio,isto é,que era pior continuar na
mesma situação.
No
Brasil os conservadores conseguiram convencer parte da sociedade de que o
essencial é a estabilidade e a governabilidade,mas estas só garantem que
governantes incapazes continuem fazendo das suas e ainda passando por defensores
da democracia.
Só
haverá progresso político quando a legitimidade do governante for apurada o
mais próxima do tempo real de sua atuação.
Eu
sei:o parlamentarismo tem o outro lado,a instabilidade,mas existem mecanismos
para evitá-la e ao seu sucedâneo costumeiro,a ditadura.
É
possível delimitar os mandatos,delimitar a participação do políticos que já
tiveram à cabeça do estado.O sistema italiano,o mais parecido realmente com o
parlamentarismo clássico(o alemão e o inglês são discutíveis,mas
analisáveis),se sustém em partidos fortes,em massas ideológicas.É uma discussão.Mas
o que não se pode é acreditar na continuidade de Pezão e Crivella.Isso vai trazer
mais problemas(se é que possível piorar)para
o povo do Rio de Janeiro.
O
povo deve continuar,no entanto,no caminho da tranqüilidade.Se houver agitação
na volta de Crivella,a sua reação,como eu já analisei,será a reunião dos
evangélicos em torno de seu nome,num cristalização de vontades,capaz de dar
inicio à marcha de um possível golpe.As forças armadas já estão dizendo que o
problema do Rio é mais amplo.Se elas assumirem o governo,irão querer ampliar
mais e mais este poder.Isto de um lado .De outro,precisarão de apoio
popular,que isto já possuem,quanto à intervenção federal.Mas o acréscimo dos
evangélicos será bem vindo.
Então
calma.
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