sábado, 17 de fevereiro de 2018

Demagogia não



Assim como só um remédio amargo cura um problema de saúde ,na vida social(e individual até)só evoluímos quando reconhecemos os erros.Fiz uma proposta de renúncia,ou seja,que o povo do Rio de Janeiro reconhecesse o erro que cometeu e exigisse uma renovação do poder e necessária,a partir do reconhecimento e análise do erro,agora.
Uma das razões(e isto é muito comum)para eu defender o parlamentarismo ou o recall é exatamente porque é possível retirar do poder um governante que erra tanto e de forma tão letal,no momento em que ele pratica seus desatinos e nesta hora em que a consciência se faz é de bom alvitre mudar.
Como na vida individual o reconhecimento do problema causa mais um,mais sofrimento,para depois se verificar o óbvio,isto é,que era pior continuar na mesma situação.
No Brasil os conservadores conseguiram convencer parte da sociedade de que o essencial é a estabilidade e a governabilidade,mas estas só garantem que governantes incapazes continuem fazendo das suas e ainda passando por defensores da democracia.
Só haverá progresso político quando a legitimidade do governante for apurada o mais próxima do tempo real de sua atuação.
Eu sei:o parlamentarismo tem o outro lado,a instabilidade,mas existem mecanismos para evitá-la e ao seu sucedâneo costumeiro,a ditadura.
É possível delimitar os mandatos,delimitar a participação do políticos que já tiveram à cabeça do estado.O sistema italiano,o mais parecido realmente com o parlamentarismo clássico(o alemão e o inglês são discutíveis,mas analisáveis),se sustém em partidos fortes,em massas ideológicas.É uma discussão.Mas o que não se pode é acreditar na continuidade de Pezão e Crivella.Isso vai trazer mais  problemas(se é que possível piorar)para o povo do Rio de Janeiro.
O povo deve continuar,no entanto,no caminho da tranqüilidade.Se houver agitação na volta de Crivella,a sua reação,como eu já analisei,será a reunião dos evangélicos em torno de seu nome,num cristalização de vontades,capaz de dar inicio à marcha de um possível golpe.As forças armadas já estão dizendo que o problema do Rio é mais amplo.Se elas assumirem o governo,irão querer ampliar mais e mais este poder.Isto de um lado .De outro,precisarão de apoio popular,que isto já possuem,quanto à intervenção federal.Mas o acréscimo dos evangélicos será bem vindo.
Então calma.

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