domingo, 18 de fevereiro de 2018

Renúncia de Pezão e Crivella III



Crivella já voltou!!


Eu não sabia mas Crivella participou da reunião de sábado.Então ele chegou já ao Rio e nada aconteceu.Eu estava desinformado,mas foi melhor assim.A falta de comoção é o ideal para a situação que estamos vivendo.Contudo não nos iludamos.Crivella está mais forte do que Pezão,tem base de apoio e mais para a frente outros ruídos (e barulhos)se apresentarão,o maior deles,a prisão de Lula.
Como reagirá o PT?Confrontando ou aceitando a decisão das instituições?O discurso de Lula e a atuação de Dilma parecem apontar para a primeira hipótese.Isto favorecerá a marcha autoritária dos acontecimentos.
Eu prefiro errar nas minhas previsões,por isso não tenho pejo em reconhecer as minhas “ inadequações”.Para mim existe esta possibilidade de golpe,que vai se fazendo aos poucos,em momentos determinados.
O problema de defender o povo do Rio de Janeiro se imbrica inexoravelmente com as potencialidades do projeto das UPPS.Eu sou um dos que ,desde inicio,sabia que depois das olimpíadas ,o caráter de mera ocupação da UPP(bantustões),se permanecesse, imporia ou o seu fim ou uma crise ,como a atual.
Isto porque diversos episódios se acumularam:os eventos esportivos e uma tentativa de evitar ,em 2013,aquilo que ocorre hoje.Quer dizer:a crise de segurança atual já era antes da Copa e os poderes constituídos acharam que a ocupação era suficiente e que eles poderiam levar o problema com a barriga como sempre.
A história,que,como diz Hélio Jaguaribe,é um fenômeno conseqüencial,apresenta,não raro,fatos casuais que ou diluem os outros ou os complicam.A corrupção dos referidos poderes jogou um condimento a mais ao pirão,que é a acefalia.A acefalia,como numa bola de neve,aprofunda a crise das finanças(que com os eventos esportivos todo mundo sabia que viria[mas os políticos{corruptos} pensavam em controlar])acrescida do  descaso social com as comunidades.Era tido e havido consensualmente como efeito necessário e óbvio da ocupação ,a ajuda social.
Eu disse em 2013 que vivíamos( e vivemos)num mundo socialmente hipócrita.O Brasil ganhou prestígio ajudando o Haiti,mas quem tem que sair da miséria é este país,no que é um contra-senso.O Haiti precisa de ajuda para sair da miséria,mas nenhum país o ajuda porque( e isto no Brasil é claro),porque teria que fazer o mesmo internamente.Esta bola de neve vazia,esta falta hodierna  de concepção da utopia(após o fim do marxismo),mantém este impasse odiento.
E o seu paradigma perverso se reproduz na relação com as mil comunidades do Rio de Janeiro(e das grandes cidades).Se ajudar a comunidade a sair da miséria(como é dever do estado e direito dos cidadãos  que vivem lá)terá que haver ajuda para solucionar problemas de toda a cidade,que atingem outras classes.
Como parar esta bola de neve perversa e hipócrita?No próximo artigo tento dar a minha opinião.

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