Crivella
já voltou!!
Eu
não sabia mas Crivella participou da reunião de sábado.Então ele chegou já ao
Rio e nada aconteceu.Eu estava desinformado,mas foi melhor assim.A falta de
comoção é o ideal para a situação que estamos vivendo.Contudo não nos iludamos.Crivella
está mais forte do que Pezão,tem base de apoio e mais para a frente outros
ruídos (e barulhos)se apresentarão,o maior deles,a prisão de Lula.
Como
reagirá o PT?Confrontando ou aceitando a decisão das instituições?O discurso de
Lula e a atuação de Dilma parecem apontar para a primeira hipótese.Isto
favorecerá a marcha autoritária dos acontecimentos.
Eu
prefiro errar nas minhas previsões,por isso não tenho pejo em reconhecer as
minhas “ inadequações”.Para mim existe esta possibilidade de golpe,que vai se
fazendo aos poucos,em momentos determinados.
O
problema de defender o povo do Rio de Janeiro se imbrica inexoravelmente com as
potencialidades do projeto das UPPS.Eu sou um dos que ,desde inicio,sabia que
depois das olimpíadas ,o caráter de mera ocupação da UPP(bantustões),se
permanecesse, imporia ou o seu fim ou uma crise ,como a atual.
Isto
porque diversos episódios se acumularam:os eventos esportivos e uma tentativa
de evitar ,em 2013,aquilo que ocorre hoje.Quer dizer:a crise de segurança atual
já era antes da Copa e os poderes constituídos acharam que a ocupação era
suficiente e que eles poderiam levar o problema com a barriga como sempre.
A
história,que,como diz Hélio Jaguaribe,é um fenômeno conseqüencial,apresenta,não
raro,fatos casuais que ou diluem os outros ou os complicam.A corrupção dos
referidos poderes jogou um condimento a mais ao pirão,que é a acefalia.A
acefalia,como numa bola de neve,aprofunda a crise das finanças(que com os
eventos esportivos todo mundo sabia que viria[mas os políticos{corruptos} pensavam
em controlar])acrescida do descaso
social com as comunidades.Era tido e havido consensualmente como efeito
necessário e óbvio da ocupação ,a ajuda social.
Eu
disse em 2013 que vivíamos( e vivemos)num mundo socialmente hipócrita.O Brasil
ganhou prestígio ajudando o Haiti,mas quem tem que sair da miséria é este país,no
que é um contra-senso.O Haiti precisa de ajuda para sair da miséria,mas nenhum
país o ajuda porque( e isto no Brasil é claro),porque teria que fazer o mesmo
internamente.Esta bola de neve vazia,esta falta hodierna de concepção da utopia(após o fim do
marxismo),mantém este impasse odiento.
E
o seu paradigma perverso se reproduz na relação com as mil comunidades do Rio
de Janeiro(e das grandes cidades).Se ajudar a comunidade a sair da miséria(como
é dever do estado e direito dos cidadãos que vivem lá)terá que haver ajuda para solucionar
problemas de toda a cidade,que atingem outras classes.
Como
parar esta bola de neve perversa e hipócrita?No próximo artigo tento dar a
minha opinião.
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