quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Pezão ,o aprendizado e porque defendo o parlamentarismo



O espetáculo dantesco de irresponsabilidade do governador do Rio,admitindo depois da tranca arrombada,que não estava preparado e que errou no planejamento da segurança nos dias do Carnaval, me enseja mais uma defesa do parlamentarismo.
Os políticos brasileiros estão tão acostumados a não  dar pelota nenhuma para o povo que tiram dos erros freqüentes que cometem um álibi de  “ postura democrática”.Os erros e sua admissão seriam uma prova da humanidade do político,que, como todo mundo, erra também.
Assim eles fazem como disse Hannah Arendt “a banalidade do mal”.Banalizam e diluem a responsabilidade e os efeitos dos seus erros:simplesmente pessoas mortas,pais de família.Erros como outros quaisquer.
Isto me lembra o stalinismo,que confundia os seus crimes com os erros do começo do socialismo.Mas crime é crime,erro é erro.
O político tem que se preparar para ser um gestor que erre o menos possível,o que dirá cometer erros que se transformam em crimes.Este Carnaval foi um desastre:um prefeito ausente,não ligando a mínima e um governador não ligando a mínima também.
O que isto tem a ver com o parlamentarismo?Numa hora dessas um político que faz algo assim devia ser,segundo a lei,apeado do poder.Em todos os níveis deveria haver a figura jurídica nascida nos Estados Unidos ,do recall,que serve no caso dos legisladores,mas adaptada se aplicaria bem ao executivo e ao judiciário.
No inicio seria difícil ,mas com o tempo,os políticos e os partidos seriam obrigados a escolher melhor ,a se esmerar melhor nas suas obrigações e tarefas para evitar a desmoralização,que,inclusive,poderia ser definitiva:um político atingido pela mobilidade,três vezes,como os motoristas,perderia o direito de se candidatar,senão para sempre,por um período longo.
Esta cara de sono de Pezão é a consciência da impunidade e da falta de fiscalização do povo.

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