O
espetáculo dantesco de irresponsabilidade do governador do Rio,admitindo depois
da tranca arrombada,que não estava preparado e que errou no planejamento da
segurança nos dias do Carnaval, me enseja mais uma defesa do parlamentarismo.
Os
políticos brasileiros estão tão acostumados a não dar pelota nenhuma para o povo que tiram dos
erros freqüentes que cometem um álibi de
“ postura democrática”.Os erros e sua admissão seriam uma prova da
humanidade do político,que, como todo mundo, erra também.
Assim
eles fazem como disse Hannah Arendt “a banalidade do mal”.Banalizam e diluem a
responsabilidade e os efeitos dos seus erros:simplesmente pessoas mortas,pais
de família.Erros como outros quaisquer.
Isto
me lembra o stalinismo,que confundia os seus crimes com os erros do começo do
socialismo.Mas crime é crime,erro é erro.
O
político tem que se preparar para ser um gestor que erre o menos possível,o que
dirá cometer erros que se transformam em crimes.Este Carnaval foi um
desastre:um prefeito ausente,não ligando a mínima e um governador não ligando a
mínima também.
O
que isto tem a ver com o parlamentarismo?Numa hora dessas um político que faz
algo assim devia ser,segundo a lei,apeado do poder.Em todos os níveis deveria
haver a figura jurídica nascida nos Estados Unidos ,do recall,que serve no caso
dos legisladores,mas adaptada se aplicaria bem ao executivo e ao judiciário.
No
inicio seria difícil ,mas com o tempo,os políticos e os partidos seriam
obrigados a escolher melhor ,a se esmerar melhor nas suas obrigações e tarefas
para evitar a desmoralização,que,inclusive,poderia ser definitiva:um político
atingido pela mobilidade,três vezes,como os motoristas,perderia o direito de se
candidatar,senão para sempre,por um período longo.
Esta
cara de sono de Pezão é a consciência da impunidade e da falta de fiscalização
do povo.
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