O critério de honestidade intelectual

“A palavra de 1000 autoridades científicas não é mais importante do que o raciocínio  válido de uma pessoa simples”-Galileu Galilei

O critério de honestidade intelectual é a verdade, o que impõe o reconhecimento de que a autoridade de modo geral tem que estar fundada numa verdade que a legitime.

No Antigo Egito e no mundo de hoje não há como arrogar-se uma autoridade sobre outrem simplesmente pela manifestação da vontade.

Os mitos primitivos são uma inevitabilidade,mas continuando a  história,  serviram a um propósito justificador(ideológico[embora os primitivos não tivessem esta palavra e este conceito])de poder,de predomínio de uns sobre os outros.

No nascimento da ciência moderna,na qual Galileu(acima)tem um papel originário,a mesma quis adquirir este valor de poder.Contudo o iniciador desta ciência moderna compreendeu perfeitamente os perigos de se tratar a ciência e o conhecimento como mito.

Galileu tomou os livros da Physica de Aristóteles e ,munido de somente capacidade de esforço e observação,desmentiu as afirmações do estagirita,que não as checou  nunca,mas obteve autoridade,poder apesar destes erros.

Galileu,Benjamin Franklin e Júlio Verne são,a meu ver,aqueles que compreenderam melhor o significado da ciência e  do conhecimento(posso acrescentar outros evidentemente,mas os mais importantes são estes):o conhecimento é de todos.A autoridade acadêmica tem que ser provada permanentemente,tanto como a de qualquer pessoa(como eu)que emite conceitos,após pesquisa  e estudo.

Não há exigibilidade de citação de pessoas,mas a matéria essencial para se produzir conhecimento são as teorias,os métodos,as categorias e a empiria ,que,neste último caso,foi trazida por Galileu como a mediação real onde qualquer pessoa bem intencionada e esforçada(como eu)pode se debruçar e produzir conteúdos novos.

Este é o critério de honestidade intelectual que eu uso aqui:não me importa a mínima a autoridade de quem quer seja,mas o meu trabalho pode e deve construir conhecimentos novos.

No livro mais importante de Julio Verne,” Viagem ao Centro da Terra”,logo no inicio,Lindenbrok que está sendo homenageado por um trabalho publicado caminha em direção  Universidade de Edinburgo.Num determinado trecho uma peixeira,carregando o seu tabuleiro cheio,diz:” Senhor Lindenbrook,o Sr. Cometeu um erro no seu texto”,qo que o cientista olha para a tela preocupado.

Eu sou a peixeira,todos são,potencialmente.