Os
meus artigos,pelo menos alguns ,são propositalmente polêmicos porque eu não sou
de forma alguma demagógico e sou na mesma proporção extremamente crítico e honesto.
Eu
disse no artigo que havia extrema honestidade nas pessoas religiosas que
ajudavam os desamparados e não há como duvidar disto não.Mas não me venham
dizer que ,na média, esta ajuda é totalmente desinteressada.
No
século XIX,nos Estados Unidos,a Igreja Batista apoiou a abolição e fez pregação
entre os escravos.Num certo sentido,vendo próxima a libertação ,a Igreja
Batista ofereceu uma possibilidade de crescimento e de apoio após ela,aos
escravos.Será que esta atitude,tão justa(sem ironia)não ajudou os batistas a
crescer?
Aqui
no Brasil, os comunistas ,pela Associação Solem Aleichen e como parte da
cooptação de muitos setores populares para a causa ,deu ajuda aos desvalidos ,sem
que se alcançasse este objetivo(não sei porquê).
Estes
procedimentos são desesperados,mas não se diga quenão hajam problemas,porque
subliminarmente a pessoa que recebe o apoio é convencida a engrossar as
fileiras do movimento,quando a solidariedade não devia ter esta premissa,de
interesse.
Ao
fazer a crítica do marxismo pus o problema do estado em outros patamares,quais
sejam ,os de que ele tem uma serventia numa sociedade não comunista,que é a do
nosso tempo.
Toda
pessoa que tem uma visão de classe,não concorda com isso:o estado deve
representar a sociedade como um todo e promover o bem-estar geral.Para esta
tradição isto é impossível,mas a vida real de certos países prova exatamente o
contrário.Apesar das diferenças ,esta obrigação é algo compulsório,depois das
grandes violências perpetradas pelos estados totalitários,inclusive e
principalmente os de classe.
Não
importa se se é burguês ou mendigo,classe operária ou média,todos ,nas suas
diferenças e prioridades, devem ser representados e ajudados pelo estado.
É
como numa família ou em uma organização qualquer:as pessoas são diferentes,mas
juntam recursos para que num momento difícil não se tenha um prejuízo.Mas o mais importante
é que ninguém deve nada a ninguém,somente à organização,a um valor que pertence
a todos e não a um pensamento em particular ou a alguém em particular.
Lembro-me
de ter falado sobre isto a respeito de criminosos que recebem uma oportunidade
de se redimir.Pedir aos cidadãos privados,às empresas ,que dêem esta chance é
correr o risco de não conseguir,porque qualquer recaída implica em praticamente
acabar com outras oportunidades,já que o mundo privado não vai querer se
arriscar.
Dependendo
do tipo de trabalho oferecido pelo estado as chances podem ser maiores e
ninguém sai prejudicado ou fica em risco.E ,no caso de ,de pronto ,dar certo, o
cidadão privado não se beneficia politicamente dos erros e crimes de um cidadão.
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