Eu
tive a mesma origem de muitos que escrevem nas redes:acreditava em modelos que
fossem capazes de dar uma resposta definitiva para os problemas da humanidade.A
culpa foi minha em não me explicar antes de fazer estes meus artigos,o que
tinha mudado na minha cachola.
Não
há modelos,há o mundo real.Em pleno século XXI,supostamente da tecnologia e da
ciência, nós agimos da mesma forma que os acusadores do grande filósofo Spinoza,acusado
de ateu e expulso da comunidade judaica,no século XVII.
Todos
se lembram de parte desta sentença tristemente famosa:”Maldito quando ele
entra,maldito quando ele sai”.Spinoza não tinha escapatória:ou acreditava no
Deus dos judeus ou estava fora.
Mas
Spinoza não era um ateu,ele tinha o Deus dele.Ele
tinha o modelo dele,contraposto ao dos Judeus.E a comunidade judaica,como de
resto todo mundo,chama de ateu aquele que não acredita no seu Deus.
As
conclusões que eu tiro destas idas e vindas é que as idéias,os valores,as
crenças, só têm sentido na medida em que fazem parte de projetos de poder.Esta
é a regra da humanidade até hoje.Por vários motivos todo mundo se “ encaixa” numa
determinada referência para ser reconhecido e ser protegido.
Mesmo
a postura metafísica de Spinoza tem um pé nesta verdade,porque ele constrói um
outro modelo,que supõe ser o
verdadeiro.Embora ele seja moderno por não querer impô-lo,está ainda(como toda
a metafísica)preso a este passado e a esta concepção.
O
marxismo,que se pretendia, com a
dialética, trazer o movimento da sociedade para a observação
científica,portanto,para o real,se enganou também,como eu tenho provado( e vou
continuar),pois a dialética é uma ilusão.
O
que não é uma ilusão é a experiência humana complexa e temporal(ela não é no tempo
infinita ou eterna porque não se sabe se a humanidade subsiste indefinidamente).O
esforço real no cotidiano para achar soluções que sirvam no imediato(sociedade)
e no mediato(humanidade[entre a humanidade{e vice-versa-dialéticamente falando}e
a sociedade existe uma continuidade).
O
ser humano consciente,em todas as épocas e agora é aquele que vive nesta
experiência,deixando de lado estes modelos,inevitavelmente parciais.
Eu
vim de uma exacerbação desta verdade modelar.do marxismo e do socialismo real,cujos
fracassos me orientaram a pensar melhor dentro do mundo real e o mundo
real,imediato,cotidiano ,é o da nação.
Não me venham dizer que eu estou olhando para o
umbigo ou só para a ponta do nariz.Leiam com atenção os meus artigos,aqueles
que me criticam:através do imediato se chega ao mediato.Do cotidiano se chega
ao coletivo e vice-versa e da nação se chega às outras,à humanidade e
vice-versa
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