Eu
tenho tido sempre a necessidade de esclarecer aos leitores aquilo que
digo.tenho que examinar este problema.
Eu
não deixei de criticar a figura de Mussolini,um rematado oportunista.O que eu disse
é que ele se colocava diante o problema nacional e encontrava a unidade da sua
ação(não do pensamento)nisto.
Em
Hitler e Stalin todo o arcabouço ideológico de ação era uma justificativa para
impor uma determinada lógica ao mundo,que,no final,não se efetivaria senão pela
força,já que não há adequação entre este modelo ideológico e a realidade.
O
discurso de Hitler é só justificador de violência contra quem está fora de seu modelo; e Stálin,outro
totalitário, dizia:”a filosofia propõe e a política dispõe”,mas sempre os imperativos
desta última,em última análise, é que predominam.Na verdade ele dizia que a
filosofia devia justificar as exigências da( sua)política.
No
caso do Papa João Paulo II a questão é a mesma,com algumas nuances:o cristianismo
ensina que o mundo real é o da Igreja,o
tempo de deus ,cuja graça há que ser buscada por sua intersecção.Contudo quando
o mundo fora da igreja a invade e estas duas esferas estão embaralhadas ,naturalmente
pelo processo político,a sua liderança tem que ir até ele.
Este
é um problema freqüente do cristianismo católico,ao mesmo tempo poder de estado
e crença.A crença está na base e na destinação,mas o mundo tem que se afinar
com este projeto.
Eu
já disse,com relação ao atual Papa,que já chegou o momento de aceitar como
inevitável aquilo que é secular,temporal e
articular estes dois
momentos,porque os graves distúrbios que ocorrem na Igreja,pedofilia,corrupção,não
serão solucionados,a meu ver ,se assim
não se fizer.
Então
o mundo real,do cotidiano,clama atenção definitiva e eu,como cidadão/trabalhador
já me coloco nesta perspectiva
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