sexta-feira, 19 de julho de 2024

Mais pataquadas

 

Sabia que a Folha ia continuar com as pataquadas.Desde muitos anos que estou preparado para estas tentativas de diminuir o que eu exponho.

Falo nas relações difíceis(para dizer o mínimo)que tive com o meu pai stalinista,e basta para o jornal tentar diminuir a importância deste testemunho,apresentando pesquisas sobre os meninos brasileiros que não sabem  se seus pais gostam deles.

É o mesmo procedimento idiota de sempre : “você não é melhor do que os outros”, “a questão de seu pai ter sido stalinista não o torna especial”, “não tem nada a ver com os comunistas e o stalinismo e com este seu problema existencial”.

A ciência serve ao propósito de manipular as pessoas de modo ideológico ,politico ou religioso,mas existe um caminho também “ cientifico” ,que eu vou explicar agora:

Estas pesquisas são necessariamente sociológicas ou sócio-psicologicas,usando outros instrumentos de investigação como a estatística.

Mas como eu já expliquei sobejamente, a sociologia,como compreensão do mundo ,trouxe algo mais do que a pura pesquisa  que o  investigador não pode deixar de lado,se quiser ser o mais completo possível(que é sua obrigação,penso eu).

O critério de padronização sociológico é amplo,mas ele perde muito da sua força quando fica nos mesmos pródromos de Aristóteles.

Quando a pesquisa sociológica amplia os seus horizontes ela é mais completa.

Existem diversas e variadas formas pelas quais os filhos não sabem se são amados pelos  pais.Se vc se mantiver nos rigores matemáticos e nos padrões do stagirita,você ,na verdade,perde o objetivo cientifico,que  procurou,porque fez uma  pesquisa genérica,que não entrou nos modos particulares  pelos quais o desamor se apresenta:existem pais ricos que se isentam,porque acham que o dinheiro resolve tudo;há aqueles que se sentem forçados a casar e jogam a culpa da sua “ prisão” imposta nos filhos;há os pais que sentem inveja sexual dos filhos e cobiçam as namoradas jovens deles;há os pais religiosos que não aplicam o estado de direito na sua casa e controlam as mentes dos filhos proibindo livros diferentes dos sagrados.No fundo  sentem inveja da liberdade dos filhos,se eles lerem algo diferente;e há os pais comunistas,stalinistas,que agem semelhantemente aos religiosos:o que vale é o que Stalin disse,os soviéticos disseram (assim como nos religiosos :o que  sai da boca dos padres).Ele não respeita a lei do s eu país,mas a do estado soviético(o que torna os filhos isolados e alienados) e dispondo de um pensamento mágico culpam os filhos pelos fracassos.Para pais assim  têm certeza de que o que eles deram é suficiente para você fazer o quiser.Se você não faz é culpa sua.

Funciona como no esquema da norma,de Miguel Reale pai:

Se o fato é de um jeito(F)cumprir com o seu fundamento é essencial.Mas se não for assim a sanção(da vida inclusive)se impõe.

Este esquema é variado,servindo para a politica ,para a psicologia,a ciência,como veremos depois.

Um pai religioso raciocina assim(e nós o vemos sempre nas igrejas evangélicas):se você acompanha e segue a Deus,como eu (pastor)lhe mostro,o sucesso (C) é garantido e o mérito(subliminarmente)é meu e sua obrigação é seguir e (me[pastor])reconhecer(permanecendo na Igreja[no mínimo]).

Se você não segue,a vida(s)sanciona,Deus o sanciona e a culpa é sua e não minha(pastor),porque não sou eu que faço nada,mas Deus lá em cima.O Deus absconso de Pascal.

O mesmo faz um pai stalinista:eu lhe dei as condições materiais de existência e por isto você  está  apto a honrar a minha atitude ,fazendo o que bem quiser(em termos).Eu lhe dei o materialismo dialético,que resolve tudo,desde a questão material até as de natureza personalíssima,como sexualidade,casamento...

Se você entende a dialética,eu como pai posso me isentar.Se tem algum problema eventual é só ler um manual(rimou).E a perversidade,como a religiosa acima, está feita:se você tem sucesso é por minha causa e você mo deve;se não,a culpa é sua e eu me isento.Eu o abandono psicologicamente de cabo a rabo.

A pesquisa mostrada pela folha segue o caminho da generalização e não da ciência,porque como ensinou Aristóteles a ciência é particular ,modal :se o pesquisador não expuser os modos (particulares)pelos quais o desamor se manifesta ,dos pais em relação aos meninos,ela faz apenas uma generalização,própria da ideologia cientificista,que busca os mesmos  objetivos manipulatórios,repressivos e banalizadores da religião.

Ambos estes modos de manipulação e repressão e banalização usam determinados motes para realizá-lo:a humildade na religião e a camaradagem entre os comunistas e socialistas e,principalmente stalinistas,sem que tais conceitos excluam os outros e tal.

Mas o fundamental é igualar a todos,dentro de uma finalidade,não raro ,que não tenha uma razão de ser,para conduzir o coletivo nos meandros dos interesses históricos,políticos e sociais ao longo do tempo.

É por isto que eu me sinto no direito(e até no dever)de fazer ciência,expondo a intersecção entre o socialismo e o stalinismo e  a família,para dar um testemunho do que isto provoca.Se esta intersecção for levada a sério e até ao final(como foi).

Podemos exemplificar:

Se a vida (F) se mistura com o stalinismo o comportamento deve ser ,se não é,os fundamentos da família prosseguem,mas se é,as distorções aparecem:


S seriam as sanções,mas se não há sanção,há reconhecimento do papel da familia.O que a folha faz,como muitos sociólogos, é só auxiliar os piores interesses da politica.

Na questão da religião,a razão pela qual  o protestantismo destoa em termos disto aí é que a individualidade aparece como um caminho de redenção tão ou mais importante do que a pura simples adequação ao coletivo.

Vou tratar disto depois.




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