Sabia que a Folha ia continuar com as
pataquadas.Desde muitos anos que estou preparado para estas tentativas de
diminuir o que eu exponho.
Falo nas relações difíceis(para dizer o mínimo)que
tive com o meu pai stalinista,e basta para o jornal tentar diminuir a importância
deste testemunho,apresentando pesquisas sobre os meninos brasileiros que não
sabem se seus pais gostam deles.
É o mesmo procedimento idiota de sempre : “você não
é melhor do que os outros”, “a questão de seu pai ter sido stalinista não o
torna especial”, “não tem nada a ver com os comunistas e o stalinismo e com
este seu problema existencial”.
A ciência serve ao propósito de manipular as
pessoas de modo ideológico ,politico ou religioso,mas existe um caminho também “
cientifico” ,que eu vou explicar agora:
Estas pesquisas são necessariamente sociológicas ou
sócio-psicologicas,usando outros instrumentos de investigação como a estatística.
Mas como eu já expliquei sobejamente, a
sociologia,como compreensão do mundo ,trouxe algo mais do que a pura pesquisa que o
investigador não pode deixar de lado,se quiser ser o mais completo possível(que
é sua obrigação,penso eu).
O critério de padronização sociológico é amplo,mas ele
perde muito da sua força quando fica nos mesmos pródromos de Aristóteles.
Quando a pesquisa sociológica amplia os seus
horizontes ela é mais completa.
Existem diversas e variadas formas pelas quais os
filhos não sabem se são amados pelos pais.Se vc se mantiver nos rigores matemáticos
e nos padrões do stagirita,você ,na verdade,perde o objetivo cientifico,que procurou,porque fez uma pesquisa genérica,que não entrou nos modos
particulares pelos quais o desamor se
apresenta:existem pais ricos que se isentam,porque acham que o dinheiro resolve
tudo;há aqueles que se sentem forçados a casar e jogam a culpa da sua “ prisão”
imposta nos filhos;há os pais que sentem inveja sexual dos filhos e cobiçam as
namoradas jovens deles;há os pais religiosos que não aplicam o estado de
direito na sua casa e controlam as mentes dos filhos proibindo livros diferentes
dos sagrados.No fundo sentem inveja da
liberdade dos filhos,se eles lerem algo diferente;e há os pais comunistas,stalinistas,que
agem semelhantemente aos religiosos:o que vale é o que Stalin disse,os soviéticos
disseram (assim como nos religiosos :o que sai da boca dos padres).Ele não respeita a lei
do s eu país,mas a do estado soviético(o que torna os filhos isolados e
alienados) e dispondo de um pensamento mágico culpam os filhos pelos
fracassos.Para pais assim têm certeza de
que o que eles deram é suficiente para você fazer o quiser.Se você não faz é
culpa sua.
Funciona como no esquema da norma,de Miguel Reale
pai:
Se o fato é de um jeito(F)cumprir com o seu
fundamento é essencial.Mas se não for assim a sanção(da vida inclusive)se
impõe.
Este esquema é variado,servindo para a politica
,para a psicologia,a ciência,como veremos depois.
Um pai religioso raciocina assim(e nós o vemos
sempre nas igrejas evangélicas):se você acompanha e segue a Deus,como eu
(pastor)lhe mostro,o sucesso (C) é garantido e o mérito(subliminarmente)é meu e
sua obrigação é seguir e (me[pastor])reconhecer(permanecendo na Igreja[no mínimo]).
Se você não segue,a vida(s)sanciona,Deus o sanciona
e a culpa é sua e não minha(pastor),porque não sou eu que faço nada,mas Deus lá
em cima.O Deus absconso de Pascal.
O mesmo faz um pai stalinista:eu lhe dei as
condições materiais de existência e por isto você está apto a honrar a minha atitude ,fazendo o que
bem quiser(em termos).Eu lhe dei o materialismo dialético,que resolve tudo,desde
a questão material até as de natureza personalíssima,como sexualidade,casamento...
Se você entende a dialética,eu como pai posso me isentar.Se
tem algum problema eventual é só ler um manual(rimou).E a perversidade,como a
religiosa acima, está feita:se você tem sucesso é por minha causa e você mo
deve;se não,a culpa é sua e eu me isento.Eu o abandono psicologicamente de cabo
a rabo.
A pesquisa mostrada pela folha segue o caminho da generalização
e não da ciência,porque como ensinou Aristóteles a
ciência é particular ,modal :se o pesquisador não expuser os modos
(particulares)pelos quais o desamor se manifesta ,dos pais em relação aos
meninos,ela faz apenas uma generalização,própria da ideologia cientificista,que
busca os mesmos objetivos manipulatórios,repressivos
e banalizadores da religião.
Ambos estes modos de manipulação e repressão e banalização
usam determinados motes para realizá-lo:a humildade na religião e a camaradagem
entre os comunistas e socialistas e,principalmente stalinistas,sem que tais
conceitos excluam os outros e tal.
Mas o fundamental é igualar a todos,dentro de uma
finalidade,não raro ,que não tenha uma razão de ser,para conduzir o coletivo
nos meandros dos interesses históricos,políticos e sociais ao longo do tempo.
É por isto que eu me sinto no direito(e até no
dever)de fazer ciência,expondo a intersecção entre o socialismo e o stalinismo e a família,para dar um testemunho do que isto
provoca.Se esta intersecção for levada a sério e até ao final(como foi).
Podemos exemplificar:
Se a vida (F) se mistura com o stalinismo o
comportamento deve ser ,se não é,os fundamentos da família prosseguem,mas se
é,as distorções aparecem:
S seriam as sanções,mas se não há sanção,há
reconhecimento do papel da familia.O que a folha faz,como muitos sociólogos, é
só auxiliar os piores interesses da politica.
Na questão da religião,a razão pela qual o protestantismo destoa em termos disto aí é
que a individualidade aparece como um caminho de redenção tão ou mais
importante do que a pura simples adequação ao coletivo.
Vou tratar disto depois.
Nenhum comentário:
Postar um comentário