Do
jeito que os comunistas saíram há trinta anos do poder,imaginava que em muitos lugares seriam figuras execradas
pela população.
Mas
em certa ocasião assisti a uma entrevista com Wojhiec Jaruzelski,que morava num
apartamentinho modesto em Varsóvia.
Fiquei
impressionado.Mas depois,com os meus estudos e análises da História,verifiquei
as razões pelas quais foi possível a um comunista,acusado de ditador em certo
momento,permanecer relativamente respeitado e potencialmente ativo(embora no
caso da atividade não fosse a situação dele).
Ele
chegou a esta quase intocabilidade porque patrocinou a transição,que levou o
sindicato solidariedade ao poder.
Pouca
gente se dá conta de que as “revoluções
de veludo” seguiram a esta transição.Foi neste momento que o leste socialista morreu.E pouca gente
reconhece que o golpe dado por Jaruzelski salvou o mundo de uma crise pior do
que a de 1962.
Mas
as minhas reflexões me levam à esta constatação:os comunistas podiam ter
sobrevivido mais dignamente ou com uma influência posterior considerável se
reconhecessem o fim dos regimes apoiados por eles.
Se em Cuba,como na Nicarágua também,não houver
sensibilidade ,o que se dará é algo pior do que na URSS e na Bulgária ,tomados
por máfias e transformados em ditaduras oligárquicas do dinheiro.
Em
Cuba,devido ao tamanho do país e aos seus antecedentes históricos ,o futuro
será sombrio se não for feita uma transição no mais breve tempo e com a
participação dos comunistas,os quais,se assim não agirem,serão não só
escanteados,mas massacrados e repelidos de maneira violenta.Senão por crimes,mas
também dominados e manipulados pelas conveniências politicas deste futuro.
Abram
o olho.
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