quinta-feira, 29 de novembro de 2018

A ciranda dos corruptos e a sua necessária consequência


O caso Pezão

Mais um político oriundo do Rio de Janeiro é preso pela lava-jato.O que devemos extrair desta situação toda é que a desmoralização não atinge apenas a estes políticos ,mas indiretamente a todo o povo.
As pessoas não compreendem que o volume da corrupção não é somente uma questão de ordem moral,mas também financeira,econômica.Na hora de competir no exterior por contratos vantajosos aquele que quiser investir vai preferir um parceiro mais seguro.Assim funcionam as coisas e todo mundo sabe.
Mas,para mim,a decisão de combater a corrupção não é só jurídica,mas política e  antropológica,no sentido de que esta atividade deve limpar a política em definitivo desta forma de transgressão,tão nociva.
O que me preocupa nos debates sobre a corrupção é que ninguém toca na estrutura dos partidos.Muito se pergunta sobre porque os políticos fazem isto,sem temer a descoberta dos seus atos,mas é porque é praticamente impossível fazer politica no Brasil,sem entrar no conchavo,no esquema.A condição de entrada nos partidos é você não ser melhor do que os outros e aí a primeira coisa que alguém que o recebe ,faz,é criar uma situação em que o aspirante se macula e se torna igual “ aos outros”.
Esta estrutura igualitária é que está na base organizativa de todos os partidos políticos brasileiros com variações eventuais.
Ninguém dá ponto sem nó e não se discutem idéias ou programa,mas como a pessoa se encaixa no esquemão.
A democracia ,que impõe,como condição de progresso,o mérito daquele que se  esforça e pode oferecer algo mais para a sociedade,é manietada assim por necessidades de reprodução pura do poder sem finalidades, a não ser favorecer os que controlam a máquina.
Não adianta punir estes corruptos se a máquina não for desmontada e colocada outra no lugar que favoreça as pessoas de bem.Quando eu vejo certas pessoas criticarem estes  desviados,sem tocar no ponto nodal,penso que a intenção deles não é resolver o imbroglio,mas se beneficiar do vazio que sobrevém.
É muito óbvio que seja assim.Qualquer brasileiro sabe como funcionam as coisas,mas todo mundo quer se aproveitar e não acabar de vez com esta chaga.
Ao ver o ministro Luiz Roberto Barroso vociferar contra os corruptos eu me lembro de um conceito 
que eu emiti nestes trabalhos,logo no inicio:quem muito exagera ,na verdade não só não conhece o   
que está errado,como tem uma certa atração por ele.

Um comentário:

  1. Concordo.A justiça no Brasii virou instumento de manobra, platorma politco-populista(Moro) e moeda de troca...

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