O caso Pezão
Mais um político oriundo do Rio de Janeiro é preso
pela lava-jato.O que devemos extrair desta situação toda é que a desmoralização
não atinge apenas a estes políticos ,mas indiretamente a todo o povo.
As pessoas não compreendem que o volume da
corrupção não é somente uma questão de ordem moral,mas também
financeira,econômica.Na hora de competir no exterior por contratos vantajosos
aquele que quiser investir vai preferir um parceiro mais seguro.Assim funcionam
as coisas e todo mundo sabe.
Mas,para mim,a decisão de combater a corrupção não
é só jurídica,mas política e
antropológica,no sentido de que esta atividade deve limpar a política em
definitivo desta forma de transgressão,tão nociva.
O que me preocupa nos debates sobre a corrupção é
que ninguém toca na estrutura dos partidos.Muito se pergunta sobre porque os
políticos fazem isto,sem temer a descoberta dos seus atos,mas é porque é praticamente
impossível fazer politica no Brasil,sem entrar no conchavo,no esquema.A
condição de entrada nos partidos é você não ser melhor do que os outros e aí a
primeira coisa que alguém que o recebe ,faz,é criar uma situação em que o
aspirante se macula e se torna igual “ aos outros”.
Esta estrutura igualitária é que está na base
organizativa de todos os partidos políticos brasileiros com variações
eventuais.
Ninguém dá ponto sem nó e não se discutem idéias ou
programa,mas como a pessoa se encaixa no esquemão.
A democracia ,que impõe,como condição de
progresso,o mérito daquele que se esforça e pode oferecer algo mais para a
sociedade,é manietada assim por necessidades de reprodução pura do poder sem
finalidades, a não ser favorecer os que controlam a máquina.
Não adianta punir estes corruptos se a máquina não
for desmontada e colocada outra no lugar que favoreça as pessoas de bem.Quando
eu vejo certas pessoas criticarem estes
desviados,sem tocar no ponto nodal,penso que a intenção deles não é
resolver o imbroglio,mas se beneficiar do vazio que sobrevém.
É muito óbvio que seja assim.Qualquer brasileiro
sabe como funcionam as coisas,mas todo mundo quer se aproveitar e não acabar de
vez com esta chaga.
Ao ver o ministro Luiz Roberto Barroso vociferar
contra os corruptos eu me lembro de um conceito
que eu emiti nestes
trabalhos,logo no inicio:quem muito exagera ,na verdade não só não conhece
o
que está errado,como tem uma certa
atração por ele.
Concordo.A justiça no Brasii virou instumento de manobra, platorma politco-populista(Moro) e moeda de troca...
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