Agora
temos uma substituição política:ao exclusivismo da classe operária,temos o da
classe média,que se sentiu justamente abandonada no Brasil( e na Venezuela).E
entre estes dois fogos o Brasil.
As
pessoas não entendem o que eu digo aqui,não lêem os meus artigos.O paradigma
monista da luta de classes em Marx acabou.Ele não é melhor do que o princípio
dado pela sociologia de que a classe não existe por si,sozinha.
Investir
nesta relação prioritariamente é investir numa mudança pacífica em vez das
mudanças revolucionárias,produzidas por confrontos e conflitos que deixam
sequelas difíceis de superar no futuro.
Vou
relembrar o que eu já no meu livro
marxismo:o paradigma de Marx,no Prefácio de 1857 está superado.Assim o uso do
marxismo fica limitado a determinados temas.Para o exercício de uma política
moderna bem fundamentada os instrumentos de uma ciência social vitoriosa na
batalha das idéias é suficiente e melhor,se quisermos evitar estas
consequências.Tenho formação de marxista,mas não sou marxista no sentido de só
usá-lo.
O Brasil
é um país por fazer,sem fundamentos civilizacionais sólidos.Por isso já é
normalmente importante entender os governos que vão e vem como de “ construção
nacional” pelo menos.Encarar a alternância de poder como algo suficiente para
conduzir o Brasil é pouco.
E neste
momento desditoso do Brasil,como em outros períodos,estamos divididos em dois
grupos que se arrogam falsamente o direito de representar o Brasil,quando não
são senão partes dele ,querendo governar ,se não em termos ditatoriais,em
termos de um exclusivismo que só destrói ainda mais os parcos fundamentos do
Brasil.
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