quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Porque falo tanto nas nações


Porque o mundo real são as mediações nacionais.O Brasil é ainda um país por fazer,mas que possui elementos formais decisivos para a inclusão real do povo no processo democrático político e social.
A direita tem se apropriado de meus argumentos aqui(sem me citar) para vender a si mesma como a representação da nação,a representação definitiva.Mas este posicionamento não é diferente do da esquerda.José Dirceu achava que possuía ,como todo marxista ortodoxo,a resposta para os problemas e por isso se arrogava um tipo semelhante de representação elitista,que não considerava a realidade concreta do povo,com seus anseios,cheios de virtudes e erros.
Os leitores devem se lembrar que Bolsonaro adquiriu expressão nacional quando confrontou no congresso o político elitista José Dirceu.Naqueles momentos tumultuosos ficou clara  a atitude desrespeitosa de José Dirceu quanto ao povo,pela negativa de recebê-lo,através de seus representantes.José Dirceu desrespeitava as instituições,por acreditar que suas idéias eram suficientes(leitura de orelha de livro de Marx)para dirigir o Brasil.
Repito,:nenhuma instância política,nenhum partido ou grupo representa de fato a nação.Por mais cheio de problemas que o Brasil tenha ele tem uma cidadania ,baseada num estado de  direito,os quais não podem ser manipulados por quaisquer destes grupos.
Jean-François Revel,um escritor gaullista e de direita,no livro “A tentação Totalitária”,dizia que os comunistas eram dissociados da realidade porque a mediam por uma concepção ideal,não comprovável, e  ele tinha razão.Igualar as pessoas é impossível.Mas nas nações há um ponto de partida real:a cidadania.Pode-se acrescentar as classes ,mas a cidadania é mais importante porque considera a mediação da consciência ,coisa que os comunistas ,seguindo Luckács, não  entendem até hoje.
Não tenho a menor dúvida de que o meu ideal  de fazer do Brasil uma Suécia não está colocado nos dias atuais,em que se discute o peleguismo vermelho e a economia de mercado(causadora da crise de 2008[este debate é que é delirante porque a economia de mercado acabou em 29,por obra e graça da burguesia]).Mas eu o tenho como base das minhas reflexões políticas,a partir da cidadania.O nacional cria uma intersecção entre o ideal e o real ,na cidadania.Cria um valor,realmente universalmente válido(recuperação de Kant).
O que é melhor para a cidadania é  a questão do desemprego.A proposta de economia de mercado atende a interesses não-nacionais do Brasil.
Mas a direita vende a idéia de que a economia de mercado se identifica com o princípio da liberdade,ameaçada pelos...comunistas e pretende ,com esta falácia, usurpar os direitos de cidadania,como em 67 e 68.
Por isto citam os meus argumentos sobre  nação,sem explicitar os meus fundamentos,pelo quê eu a desafio a debater comigo.Mais uma vez(o desafio).

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