Porque o mundo real são as mediações nacionais.O
Brasil é ainda um país por fazer,mas que possui elementos formais decisivos
para a inclusão real do povo no processo democrático político e social.
A direita tem se apropriado de meus argumentos aqui(sem
me citar) para vender a si mesma como a representação da nação,a representação
definitiva.Mas este posicionamento não é diferente do da esquerda.José Dirceu
achava que possuía ,como todo marxista ortodoxo,a resposta para os problemas e
por isso se arrogava um tipo semelhante de representação elitista,que não
considerava a realidade concreta do povo,com seus anseios,cheios de virtudes e
erros.
Os leitores devem se lembrar que Bolsonaro adquiriu
expressão nacional quando confrontou no congresso o político elitista José
Dirceu.Naqueles momentos tumultuosos ficou clara a atitude desrespeitosa de José Dirceu quanto
ao povo,pela negativa de recebê-lo,através de seus representantes.José Dirceu
desrespeitava as instituições,por acreditar que suas idéias eram
suficientes(leitura de orelha de livro de Marx)para dirigir o Brasil.
Repito,:nenhuma instância política,nenhum partido
ou grupo representa de fato a nação.Por mais cheio de problemas que o Brasil
tenha ele tem uma cidadania ,baseada
num estado de direito,os quais não podem
ser manipulados por quaisquer destes grupos.
Jean-François Revel,um escritor gaullista e de
direita,no livro “A tentação Totalitária”,dizia que os comunistas eram
dissociados da realidade porque a mediam por uma concepção ideal,não
comprovável, e ele tinha razão.Igualar
as pessoas é impossível.Mas nas nações há um ponto de partida real:a
cidadania.Pode-se acrescentar as classes ,mas a cidadania é mais importante porque considera a mediação da consciência
,coisa que os comunistas ,seguindo Luckács, não
entendem até hoje.
Não tenho a menor dúvida de que o meu ideal de fazer do Brasil uma Suécia não está
colocado nos dias atuais,em que se discute o peleguismo vermelho e a economia
de mercado(causadora da crise de 2008[este debate é que é delirante porque a
economia de mercado acabou em 29,por obra e graça da burguesia]).Mas eu o tenho
como base das minhas reflexões políticas,a partir da cidadania.O nacional cria
uma intersecção entre o ideal e o real ,na cidadania.Cria um valor,realmente
universalmente válido(recuperação de Kant).
O que é melhor para a cidadania é a questão do desemprego.A proposta de economia
de mercado atende a interesses não-nacionais do Brasil.
Mas a direita vende a idéia de que a economia de
mercado se identifica com o princípio da liberdade,ameaçada pelos...comunistas
e pretende ,com esta falácia, usurpar os direitos de cidadania,como em 67 e 68.
Por isto citam os meus argumentos sobre nação,sem explicitar os meus fundamentos,pelo
quê eu a desafio a debater comigo.Mais uma vez(o desafio).
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