O Presidente eleito parece querer importar o
modelo chileno,inspirado,por sua vez,no modelo de Milton Friedman,o ultra
liberal,defensor da pura hegemonia do mercado,contra o New Deal.Contra a
intervenção do estado.
Da mesma
forma que a esquerda tradicional,ortodoxa,comunista ortodoxa,acha que é
suficiente entender de capitalismo para mudar o MUNDO todo,a direita acha o
mesmo,mutatis mutandi:basta aplicar o capitalismo na sua forma mais antiga ,
tradicional e predatória,que não é mais aceita no país mais liberal
economicamente falando da História,os Estados Unidos,para que TUDO entre nos eixos.
Tenho
falado sobre esta similitude aqui e mostrado os fundamentos do real, tanto
quanto desta distorção que os lados da guerra-fria possuem.
A postura
subjetivista é esta:o modelo de cada um
é tido como o melhor,o meu Deus é o Deus verdadeiro,porque eu acredito nele.O meu Deus é o não-capitalismo,o meu é o
capitalismo,e o mundo real,das relações sociais,onde estão os problemas,não é
nem considerado.
Mas não é
só isso não.Esta postura não atende,como não pode atender,aos interesses reais
e eu já tenho demonstrado porque.Ela atende a interesses particulares.defender
o capitalismo,tudo bem,mas defendê-lo porque assim eu ganho mais dinheiro já
vai uma grande distância.Oportunismo não.Nacionalidade sem exaltação sim.
Mas tudo
o que é ruim pode piorar:isto abre espaço também para o que esta “ nova”
direita está dizendo aí,hegemonia americana.Pelas ações iniciais do presidente
eleito,parece que esta é a linha que vai nortear o comportamento do próximo
governo.Muitos dizem que ele faz afirmações estrondosas para saber das
reações.Se a reação é forte ele dá um passo atrás.Espero que este artigo contribua
para isto.
Aí eu pergunto
qual a noção de nacionalismo que fundamenta o novo governo?Quando
falam em defender o país,que é o Brasil,não Cuba,penso que o modelo a ser seguido
é o Brasil mesmo,em suas especificidades históricas,culturais e políticas,não
os Estados Unidos.
Estados
Unidos=Cuba.
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