quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Macron,não importa a cor do gato desde que ele pegue o rato


Num encontro com Ângela Merkel há duas semanas Macron(o xoxo),Presidente da França,propôs um acordo franco-alemão para evitar o nacionalismo sem memória dos dias atuais.
Em primeiro lugar ele foi eleito por ser mais “ nacional” e não vinculado às ideologias de direita e de esquerda,cansadas,hoje,na França enfastiada.E em segundo lugar e como decorrência disso,Macron devia perceber que o sentido de nossa época é superar de vez estes modelos ideológicos,filosóficos,do século XX e da Guerra-Fria.
As pessoas e os políticos não estão notando o significado do avanço histórico da China.As reformas feitas por Deng Xiao Ping são o começo do fim(entre outros fatos)do comunismo e da apreensão da mediação nacional,como topos da mudança.
Com o fracasso do “ Grande Salto para a frente” de Mao,a tendência do partido comunista chinês era de apear o “ Timoneiro” do poder.Sabendo disto Mao lançou a Revolução Cultural ,que nada mais foi do que um golpe para manter-se no governo.
Deng Xiao Ping foi preso e só depois da morte de Mao é que chegou à cabeça da China para implementar mudanças,as quais,teoricamente,tinham ligação com o que aprendera aos 19 anos na URSS,com Trotski:permissão de áreas capitalistas,controle estatal e  social da produção,e incorporação da mediação nacional.
Muito antes dos países do leste europeu abandonarem o comunismo e refundarem as suas nações,os chineses já se preocupavam com o seu “ pedaço” digamos assim.É neste contexto que a frase do título proferida por Deng assume sentido:para além das ideologias,das teorias,as pessoas precisam comer,vestir e morar e o país precisa crescer equanimemente,com justiça.Este é o programa,óbvio,para sair da guerra-fria,mas o Brasil continua patinando,continua resistindo,continua retrogradando:comissão da verdade,desaparecidos,karl marx ,direita e esquerda.
Mas isto se aplica também à França,este país universal,orgulhoso(muito justamente)de si mesmo:ocorre que o que as pessoas querem são as realizações e objetivos ditos acima.A era dos Sartres,dos intelectuais,platônicos,que dirigem a sociedade,acabou.Todo mundo quer ter  paz e condição concreta de inserção social.
Macron não está avaliando bem o sentido de ser nacional hoje,que é este e quer unir o passado e o futuro,sem perceber  que o presente é o mais importante.A nação é também uma via de superar a questão social.

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