Num encontro com Ângela Merkel há duas semanas Macron(o
xoxo),Presidente da França,propôs um acordo franco-alemão para evitar o nacionalismo
sem memória dos dias atuais.
Em primeiro lugar ele foi eleito por ser mais “
nacional” e não vinculado às ideologias de direita e de esquerda,cansadas,hoje,na
França enfastiada.E em segundo lugar e como decorrência disso,Macron devia
perceber que o sentido de nossa época é superar de vez estes modelos
ideológicos,filosóficos,do século XX e da Guerra-Fria.
As pessoas e os políticos não estão notando o
significado do avanço histórico da China.As reformas feitas por Deng Xiao Ping são
o começo do fim(entre outros fatos)do comunismo e da apreensão da mediação
nacional,como topos da mudança.
Com o fracasso do “ Grande Salto para a frente” de
Mao,a tendência do partido comunista chinês era de apear o “ Timoneiro” do
poder.Sabendo disto Mao lançou a Revolução Cultural ,que nada mais foi do que
um golpe para manter-se no governo.
Deng Xiao Ping foi preso e só depois da morte de
Mao é que chegou à cabeça da China para implementar mudanças,as quais,teoricamente,tinham
ligação com o que aprendera aos 19 anos na URSS,com Trotski:permissão de áreas
capitalistas,controle estatal e social
da produção,e incorporação da mediação nacional.
Muito antes dos países do leste europeu abandonarem
o comunismo e refundarem as suas nações,os chineses já se preocupavam com o seu
“ pedaço” digamos assim.É neste contexto que a frase do título proferida por
Deng assume sentido:para além das ideologias,das teorias,as pessoas precisam
comer,vestir e morar e o país precisa crescer equanimemente,com justiça.Este é
o programa,óbvio,para sair da guerra-fria,mas o Brasil continua
patinando,continua resistindo,continua retrogradando:comissão da
verdade,desaparecidos,karl marx ,direita e esquerda.
Mas isto se aplica também à França,este país
universal,orgulhoso(muito justamente)de si mesmo:ocorre que o que as pessoas
querem são as realizações e objetivos ditos acima.A era dos Sartres,dos
intelectuais,platônicos,que dirigem a sociedade,acabou.Todo mundo quer ter paz e condição concreta de inserção social.
Macron não está avaliando bem o sentido de ser
nacional hoje,que é este e quer unir o passado e o futuro,sem perceber que o presente é o mais importante.A nação é
também uma via de superar a questão social.
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