A minha posição é aquela que eu tive jovem,na
redemocratização:defender a democracia a
qualquer custo,entendendo-a como meio e finalidade da atividade política.Não há
regime de esquerda ou de direita,projeto de esquerda ou de
direita,contraditório a este propósito, que me leve.
O governo Bolsonaro não é,como eu já disse,ainda ,contraditório
à construção do doutor Ulysses e Tancredo(entre outros,alguns milhões
até[euzinho incluído]),mas em volta há muitos
interesses que querem torná-lo.
O que eu não sei é se o Presidente eleito está na
jogada,como se diz.Ouvem-se tantas histórias aqui que ninguém sabe mais o que
pode acontecer.Primeiro Bolsonaro foi eleito sem participar dos debates.Para
mim ele ainda precisa provar capacidade,tanto de formulação como da negociação.
De modo geral o meu programa é diferente deste
governo que entra.Mas aceito a idéia de um ministério da família desde que não
atrelado à igreja e à qualquer religião.O governo,qualquer um,deve dar chance
ao brasileiro comum,não somente àquele organizado politicamente,nos sindicatos
e nos partidos.
Escola sem partido eu já manifestei a minha
opinião.Usar a escola para defender idéias partidárias não,mas explicar aos
alunos o contexto social em que eles estão
inseridos,isto é,falar contra a corrupção,contra o racismo e a
homofobia,sim.E além do mais as escolas dos ricos devem ser impedidas também de
propagar estes crimes.
Alguns sinais são preocupantes:as igrejas proibirem
Bolsonaro de escolher pessoas de esquerda para o ministério.Parece fazer parte
de um plano religioso de tomada do estado,o que ofende o laicismo tradicional
brasileiro.
A incapacidade de Paulo Guedes de negociar e a evidente
despreparação de alguns ministros,sem considerar posturas ideológicas mal
fundamentadas e tacanhas.
Mas o que mais me preocupa e horroriza é esta
relação carnal com os estados unidos,a ponto de se alinhar contra inimigos
daquele país,os quais não são nossos ,como Cuba e China
A proteção do mercado interno brasileiro e da
produção são exigências morais de qualquer governo nacional,mas como o Brasil
não é um país cuja produção seja totalmente nacional a questão mais importante,parece, é facilitar
o ganho das empresas multinacionais,como se isso revertesse para o povo
brasileiro.Não é verdade.
As relações carnais com os eua são perigosas no
sentido de isolar o Brasil diante da comunidade internacional e nos tornar ainda
mais dependentes do vizinho do norte.
Em outros artigos passados eu falei sobre certos
interesses que pretendem aparentemente lotear o Brasil,como o da barra da
tijuca,onde mora Bolsonaro,cuja influência sobre a zona oeste é intensa.
Vamos esperar os próximos passos,mas o fiel da
balança,da continuidade da obra da redemocratização,por incrível que pareça,é o
Presidente eleito.
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