O
marxismo se caracteriza por explicar os
fenômenos históricos a partir das “
relações matérias de existência”,as “ condições materiais de vida”.No “desenvolvimento”
do marxismo,que foi mais uma retrogradação(por isto as aspas),os seus aspectos
de justificação ideológica,diante de sua inefetividade(por não respeitar seus
fundamentos),assumiram ,indevidamente,um papel central.
Para
recuperar,depois dos erros e suas consequências,o seu sentido original, Deng
Xiao Ping cunhou a frase”Não importa a cor do gato,desde que ele pegue o rato”,para
exprimir a convicção de que não adiantam idéias,heroísmos,guerras,dialéticas,se
as pessoas não comem,não vestem e não moram com segurança.
Na
verdade o espirito do materialismo
histórico se renovou,voltando ao seu princípio básico,que é solucionar as necessidades
básicas.O caminho para este materialismo ainda participar do processo histórico
é incorporar a idéia de nação e as idéias propriamente ditas,a cultura.
A questão
social não morreu como certos radiofônicos aí no Rio de Janeiro,afirmam,em 89
,com a queda do Muro e consequente fim da URSS.O que morreu foi o marxismo ortodoxo,a
experiência do socialismo real ,com a sua suposta primazia “ científica”(ideológica[na
verdade]).
Se a
nação pode ser suprimida na Europa ocidental,isto não é uma verdade imediata
para outras regiões do globo,especificamente a América Latina.A mediação das
redes não tem como substituir as enormes diferenças culturais e as relações de cidadania
que compõem as nações.
E nem na
Europa Ocidental se vê,como derivação do mercado comum,a mais mínima
expectativa de supressão das barreiras nacionais.
Bolsonaro
não deve cometer o mesmo erro da esquerda:olhar apenas para sua ideologia,deixando
de lado a nação,pois isto é
vulnerabilizá-la diante de interesses particulares que querem loteá-la.
Se for
assim o governo que se inaugura em 1º de Janeiro não será uma repetição da
ditadura militar,mas o triunfo de seu subproduto:milícias,bancada da bala,bicho
e assim por diante.
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