sábado, 3 de novembro de 2018

A utopia possível


Eu quero que o Brasil se transforme numa Suécia.



Se os meus amigos da esquerda observarem, desde que surgiu a burguesia nos séculos 10 e 1 1 de nossa era até a 1ª Guerra mundial,o processo de sua substituição pela burguesia ocorreu,com idas e vindas,para completar-se totalmente neste cataclismo de 14-18.Com exceção de alguns períodos convulsos,como a revolução inglesa de 1640 e a revolução francesa,ele se deu de maneira sub-repticia e pacífica,na medida do possível.
O processo de superação da burguesia corre o risco de demorar um tanto também,se os militantes não entenderem que a força por si só não produz de maneira certa o resultado desejado.Não adianta alegar que a experiência do passado ajuda a não errar nos dias de hoje.As condições para uma Revolução ,no âmbito nacional,esperando espraiar-se(como muita gente na América Latina espera),diante de um estado ampliado e complexo levariam aos mesmos problemas de sempre.
O socialismo é diferente porque ele tem uma consciência do futuro e da utopia,que ele herdou dos utopistas e do século XVIII,dos direitos do homem.
Levando em consideração esta provável dificuldade em se chegar na utopia e como a esquerda tem um compromisso,independentemente de qualquer consideração,com as pessoas que sofrem e são excluídas,há que pensar num utopia mais próxima,possível e realizável que pelo menos acabe de vez com a miséria(não no sentido do que dizia o pt,ou seja:nenhuma).A minha proposta é de que quem ainda se comprometa com a questão social,pense nas seguintes mediações:a do estado,imediatamente ,para ajudar as pessoas que sofrem;simultâneamente,pensar num Brasil semelhante,porém melhor,à Suécia;e finalmente entender isto como um padrão para a humanidade.
Esta é a utopia possível,que consagra a constatação de que em nossa época eliminar a burguesia,nacionalmente,não é factível(muito menos internacionalmente) e que mais importante do que pensar na burguesia é pensar no povo e fazer a opção referencial pelos pobres, sem rupturas ou confrontos.
Eu prefiro certas burguesias do que o estalinismo,que é uma forma de retrogadação.E com ele Lênin,pois sem Lênin não há Stálin.


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