Na minha procura ávida de livros
e pdfs pela internet,(todos legais e em domínio publico[kkk])achei um
extraordinário de uma senhora Ellen Wood.
O fato de ser uma mulher
confirmou aquilo que eu venho dizendo há muitos anos:se houvesse mais filósofas,cientistas
politicas mulheres e todo mundo as seguisse,uma boa parte dos problemas acabava
e quilos de livros de homens não seriam tão necessários(meu momento de
demagogia com o movimento feminista).
A única intelectual que eu
concordo de cabo a rabo é Hannah Arendt.Tem um significado premonitório o livro
sobre Frankenstein de Mary Shelley,cujas previsões sobre a ciência foram totais
e perfeitas,já no inicio do século XIX.Agora aparece outra senhora que resume
bem a discussão de uma época.
Eu já tratei deste assunto em
outro artigo,mas aqui eu retorno para começar a aprofundar o seu livro.
Antes de outros artigos eu devo contextualizar porque penso assim
sobre este livro:
Ao longo da minha vida de
militante,que começou como a de muitos ,entre
o stalinismo e o jovem Marx ,a crítica demolidora da linha leninista foi sendo substituída
pelo marxismo ocidental com sua “ concepção ampliada do estado”.
Por ela a democracia passa a ser
o campo d e batalha da luta pela utopia.Quantas
vezes ouvi Carlos Nelson Coutinho se referir a uma frase contida em “O 18
Brumário de Luis Bonaparte”,a respeito de um politico francês de 1848,Odilon
Barrot ,que teria dito: “la legalité nos tue”, “a legalidade nos mata”,quer dizer “a nós burgueses”.
A democracia é a favor do trabalhador e contra o criador de
riquezas ,a classe que se pretender hegemônica,contra a maioria.
Tais assertivas desmentem a
visão de Lênin de que a democracia(e o direito)são mero instrumento da tomada
de poder revolucionária.E também desmente Marx quanto a considerar estas
mediações como mera forma de falsear a exploração e instrumentalizá-la.
A retomada do processo
revolucionário se dá por esta constatação:de que a democracia não é contra
ele,mas a favor dele.Se não houver
relativismo por parte dos militantes.
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