sábado, 30 de março de 2024

A democracia contra A exploração

 

Na minha procura ávida de livros e pdfs pela internet,(todos legais e em domínio publico[kkk])achei um extraordinário de uma senhora Ellen Wood.

O fato de ser uma mulher confirmou aquilo que eu venho dizendo há muitos anos:se houvesse mais filósofas,cientistas politicas mulheres e todo mundo as seguisse,uma boa parte dos problemas acabava e quilos de livros de homens não seriam tão necessários(meu momento de demagogia com o movimento feminista).

A única intelectual que eu concordo de cabo a rabo é Hannah Arendt.Tem um significado premonitório o livro sobre Frankenstein de Mary Shelley,cujas previsões sobre a ciência foram totais e perfeitas,já no inicio do século XIX.Agora aparece outra senhora que resume bem a discussão de uma época.

Eu já tratei deste assunto em outro artigo,mas aqui eu retorno para começar a aprofundar o seu livro.

Antes de outros artigos  eu devo contextualizar porque penso assim sobre este livro:

Ao longo da minha vida de militante,que começou como a de  muitos ,entre o stalinismo e o jovem Marx ,a crítica demolidora da linha leninista foi sendo substituída pelo marxismo ocidental com sua “ concepção ampliada do estado”.

Por ela a democracia passa a ser o campo d e batalha da luta pela  utopia.Quantas vezes ouvi Carlos Nelson Coutinho se referir a uma frase contida em “O 18 Brumário de Luis Bonaparte”,a respeito de um politico francês de 1848,Odilon Barrot ,que teria dito: “la legalité nos tue”, “a legalidade nos mata”,quer  dizer “a nós burgueses”.

A democracia é  a favor do trabalhador e contra o criador de riquezas ,a classe que se pretender hegemônica,contra a maioria.

Tais assertivas desmentem a visão de Lênin de que a democracia(e o direito)são mero instrumento da tomada de poder revolucionária.E também desmente Marx quanto a considerar estas mediações como mera forma de falsear a exploração e instrumentalizá-la.

A retomada do processo revolucionário se dá por esta constatação:de que a democracia não é contra ele,mas  a favor dele.Se não houver relativismo por parte dos militantes.

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