quinta-feira, 28 de março de 2024

Não entrei no movimento comunista Pra virar bandido,ladrão e criminoso

 

Quando fui cooptado por meu pai stalinista ,há muitos e muitos anos, para participar do movimento comunista,ainda que não tivesse naturalmente aos 11 anos condição teórica para dizer que era e porque,abracei-o emocionalmente até hoje.

Como se depreende dos meus textos ainda mantenho um pezinho lá,mas de uma forma diferente daquela que eu aprendi.

Naquele tempo inicial ouvi coisas que não condizem com o que vejo atualmente na atuação daqueles que ainda persistem no movimento comunista,na sua versão dominante ,confundida com o socialismo real.

Honestidade,heroísmo,companheirismo,tudo isto eu ouvi de meu paizinho:diversas vezes eu parei de jogar botão no chão da sala para ouvi-lo explicar o marxismo,com o Capital de Marx na mão e terminar a sua peroração tecendo loas às virtudes da vanguarda revolucionária.

Naturalmente o tempo dilui um pouco o idealismo.Dom Quixote nos ensinou não é?

Mas inverter tudo é outra coisa.Se fosse só a capitulação tudo bem,mas crime de corrupção,desvio de mais-valia de trabalhador(mais-valia sagrada e intocável nos dizeres de meu pai),inimizades escondidas(o amigo de hoje é o inimigo de amanhã[ou seja foi sempre inimigo...]),traições,um partido que é mais semelhante à máfia do que dum partido humanista,aí não,ai não dá.

Tal é o retrato da esquerda radical hoje.Mas ela o é agora porque foi sempre,escondendo estas potenciais vergonheiras e horrores.

Quando me refiro a estes radicais,aos comunistas,estou me referindo àqueles que se associaram fanaticamente aos desvios inevitáveis do socialismo real.E ainda insistem.

Experiências como a dos comunistas austríacos ,holandeses e italianos e quiçá outras de que não lembro agora ,são ainda de se considerar.

Assim como na Igreja católica há criminosos há pessoas de bem.No movimento comunista é assim também.


 

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