Houve alguma incompreensão sobre
aquilo que eu disse a respeito da decisão de Lula de não comemorar 64.Notem
bem:eu disse apenas que o momento não era ideal,pois deveria ter sido
tomada há muito tempo.
Nas circunstâncias atuais em que
a direita ainda tem força pode sair pela culatra o tiro.
Mas esta decisão é perfeita no sentido
de começar a deixar para trás algo que está nos paralisando,como inúmeras vezes
explico.
E ela vem seguida de medidas que
aconselho já há anos,nos meus textos:procurar militares mais afinados com a democracia,romper com a Venezuela.
Mas falta uma outra importantíssima:um
projeto nacional ,que só vai começar se Lula (e o PT)entender que só se
constrói a partir da cooptação da classe média,como classe produtiva também e
não exploradora.
Se não deixar muita bagagem
mofada do marxismo para trás,não vai ser possível.
Em momentos históricos precisos
só foi possível emplacar mudanças sociais profundas com a aliança da classe média
e a classe operária.Pode-se até pensar numa ampliação deste pacto,como
aconteceu em outros lugares.
Deste modo há como fazer
mudanças porque ,se este pacto vige,a desconfiança do outro desaparece e aí fica mais fácil legislar
num sentido progressista.
Uma vez ,para justificar porque
o plano real fora aceito,Malan,então ministro da fazenda, explicou que diante
do problema inflacionário,que ninguém suportava mais e depois de Collor,foi relativamente
fácil convencer os políticos a apoiar o seu plano ,que era bem fundamentado.
Há muitas formas de se obter um
grande pacto social e nacional(e talvez universal algum dia),mas a melhor forma é o entendimento,é o pacto.
Falta-o para que Lula embase uma
renovação do PT e da esquerda.Hozana!Oxalá possa ele ouvir os meu pedidos(se é
que já não ouve).
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