Com
a decisão de liberar a contratação de mais jogadores estrangeiros,mais ou menos
entrevista por mim,há alguns anos,a internacionalização do futebol brasileiro,com a supressão da maior
contribuição cultural do povo segue o seu curso e encontra uma base desta vez muito sólida.
E
ninguém me tira da cabeça que isto não é pensado pelas potências européias.Eu
não me refiro às potências do futebol europeu e mundial:me refiro às potências
politicas realmente.
Aqui
em nosso país e nos outros continentes o que leva os dirigentes a agir assim não é naturalmente interagir com
um projeto politico do primeiro mundo:é seguir na isca que eles no mandam.Nada
mais nada menos que o dinheiro.
Pelo
menos ninguém entendeu o significado cultural do futebol.Ou se entendeu se
rendeu à “ magia” inevitável do dinheiro fácil.
Já
não interessa formar jogadores,mas em vende-los
,dentro do critério especulativo,que favorece aos clubes europeus (e de outros
lugares),sem passar pelo Brasil,pelos clubes brasileiros que os formaram.
O
futebol brasileiro se transforma numa mera correia de transmissão dos interesses
alheios.
É
possível que isto tenha algo do positivo:o crescimento financeiro eventual do
futebol brasileiro favorece a chegada de grandes jogadores ,mas o que me
preocupa é o significado cultural de toda esta rede de decisões.
Igualar
o Brasil com o primeiro mundo,na mediação do dinheiro,claro que não nos ajudará.
E
se hoje não há jogadores também excepcionais na europa ,no futuro pode ser diferente.Os europeus farão
como a Holanda fez:preparar uma geração por décadas e o Brasil desaparece ou
fica dependente.
É
um novo e acachapante neo-colonialismo que se instala,com a anuência de certos
brasileiros que nunca valorizaram o significado histórico do nosso futebol e só
pensaram e só pensam no dinheiro.
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