sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Em torno a Hitler I

 

Na impossibilidade de fazer o segundo texto prometido sobre o perfil psicológico de Hitler eu o espalhei aqui neste novo “ escaninho” e trouxe outras reflexões sobre o personagem.

Mas parto daquilo que eu deixei assentado no primeiro,a fim de dar coerência à análise do “personagem”.Coerência e compreensão por parte do leitor.

Lá eu dissera que o elemento essencial da sua personalidade é o ressentimento ,que atinge outras figuras ao longo da História,não só do século XX:a consequência,no entanto,desta “ base” psíquica é o que define  a psicopatia subsequente,causadora de milhões de mortos.

A consequencia é considerar todas as pessoas culpadas do seu infortúnio,o qual ,o mais das vezes um tanto quando exagerado para que a pessoa justifique  uma agressão ,uma agressividade que já está dentro dela.

Eu já citei  Max Weber aqui,parafraseando-o: “quem se humilha quer ser exaltado” e eu “quem se vitimiza quer poder”.

Esta “vontade de poder”(não de potência,como Nietszche pontuou)estava em Hitler desde o inicio, ab ovo ,como s e depreende das análises psicológicas dos médicos militares que examinaram a sua biografia.

No seu contexto familiar ,as imposições de um pai autoritário conduzem o menino à exigência de sua confrontação,que na verdade,queira ele ou não,é uma “ vontade de poder”: estar no lugar do pai,coisa que ele não pode fazer e ninguém deve fazer.

Mas o mundo adulto uma criança que se forma do jeito que dá,às vezes ,e não raro,tendo que se haver com situações injustas como esta ,sendo obrigado a dar as respostas possíveis.

Então o problema do poder e da sua consequente agressividade(poder e politica são artes marciais)estão  in limine  na pessoa e o mundo real “ajuda” a desenvolver(Rousseau).

Mas para responder ao que eu disse acima,numa conjuntura traumática como esta o descortino,a discricionaridade,a lucidez não marcam presença e é melhor culpar e não s e “ cansar” com estas exigências.É melhor destruir .

Por isto no perfil que eu realizei eu separei a psicopatia da loucura,da loucura de Dom Quixote,que manifesta tirocínio e ainda demonstra coragem em enfrentar algo maior do que ele:os moinhos de vento.

 

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