Há dois anos atrás uma lei determinou
que o não da mulher é uma vez só e que ela não tinha o dever de ser obrigada a
se relacionar com quem não quisesse.
Algumas meninas entenderam esta lei
como um salvo-conduto só para elas,quando uma lei é uma rua de duas mãos:o que
vale para mim,vale para os outros.O que vai vem.
O homem tem o direito de recusar uma
mulher sem ser chamado de viado(ou será
veado?). Algumas meninas não o compreendem porque são “educadas” dentro
deste contexto patriarcal-católico(e comunista também),que elas deploram até
certo ponto:quando lhe é conveniente transferir a responsabilidade de tudo para
o patriarca aí ela se esquece da “ opressão patriarcal”.
Estes descaminhos causados pela
incompreensão da natureza do estado de direito democrático se " casa” bem
com a visão vulgar(e boçal)da esquerda da luta de classes,este conceito
canhestro e mal fundamentado,que os radicais babam o tempo todo.
E justificam(no espirito da ideologia)uma
das maiores e criminosas irracionalidades da politica,da politica de esquerda:o
rompimento do principio de isonomia.
Na medida em que o explorado(às vezes
não é)se sente como tal, ele cria um muro,tão vergonhoso como os que as classes
altas erigem e reproduzem a violência geral ,num comportamento de luta de
classes que não resultou em nada,senão em destruição.
A esquerda que vicejou no século XX é a
reação termidoriana,a imitação das classes altas,da burguesia.Se aproveita de
suas benesses,expondo um discurso de vitimização,mas que é igual ao dos
exploradores,só que com um discurso enganador.
Então nós vemos integrantes do
movimento negro,militantes ,que estabelecem diversos critérios de
relacionamento,com quem não é negro;ou pessoas de comunidade que põem barreiras
a quem não pertence a ela.
Milton Gonçalvez não permitia que
ninguém o chamasse de “ crioulo”.No afã de evitar estas distorções,eu,como
branco,em retorno,não admito que me chamem de viado(ou será veado?);não
admito que me chamem de explorador,nem de privilegiado,porque eu passei fome dos
2 aos 4 anos ,porque meu pai comunista vadiava;e eu não tenho saudade nenhum
deste tempo;muito menos o fato de eu ter saído desta situação justifica me
chamar de privilegiado.
Privilegiado é mãe de quem falou.
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