sábado, 23 de dezembro de 2023

Pobre que quer ser rico é a mãe de quem falou

 

Quanto mais eu aprofundo as minhas visões,que são um rompimento definitivo com  este passado do socialismo real ,mais recebo pedradas.

Mas eu já esperava que quando chegasse o momento de explicitar os meus conceitos,após anos de crítica ao socialismo real,eu incorreria na ira destes cabeças duras renitentes.

Quando Marx se referiu à mais-valia(copiando Proudhon,sem dize-lo),não acabou com o conceito de utilidade da atividade profissional de quem quer que seja.

No tempo dele as coisas eram como no romance “Os Miseráveis” de Vitor Hugo:o capitalista ficava num escritório,em frente aos operários e decidia sobre tudo o que acontecia na vida deles.

O Direito servia a esta classe de proprietários,mas com o tempo,também,as coisas se tornaram mais complexas e se modificaram;o direito passa a ser um campo de luta das classes menos favorecidas e o capitalismo cresce  naturalmente,criando novas profissões  que têm utilidade,embora não produzam mais-valia.

Alguns apedeutas se aferram a este mundo do século XIX e não entendem estas mudanças.Na verdade é pela presunção estúpida de Marx de que a utopia acabaria com todas as profissões inúteis (que não produzem mais-valia),que ele julga o presente:de algo que ainda não existe ele dilui o que está  diante dele.

Como se pode pensar numa sociedade complexa como a nossa que o advogado não tem utilidade?E outras profissões liberais,autônomas,como o comércio?

No século XIX o direito já se movimentava para reverter a sua tendência de apoiar as classes altas.Assim como outras atividades.

Eu sou um cidadão\trabalhador.Entendam isto de uma vez por todas.Eu tenho uma microempresa e sou produtivo,não capitalista.Se eu ganho muito dinheiro é mérito.Não me caracteriza como alguém que amealhe dinheiro e o coloque à frente das pessoas(de algumas sim).Eu faço poupança.Como todo cidadão moderno e responsável devia fazer.

A solução dos problemas de um país passa pelo problema da poupança interna,mercado interno e poupança interna(Celso Furtado).

Logo:eu não sou um pequeno-burguês querendo enriquecer ,mas um trabalhador útil,que ganha dinheiro,paga imposto e não vê retorno nenhum.

É a mãe de quem falou.

 

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