sábado, 16 de dezembro de 2023

Em torno a Marx I

Depois de considerar a biografia de Isaiah Berlin como a melhor,achei casualmente uma que a supera:esta aí de cima de Gareth Jones,um jornalista dos anos 30 que denunciou diretamente a fome na Ucrânia e que misteriosamente despareceu ,provavelmente assassinado pelo fautores deste crime.

Esta biografia é interessante porque ela valoriza a infância e juventude de Marx,na medida em que é o período de formação do pensador.

Geralmente pulo a parte inicial das biografias,porque os biógrafos ressaltam o primeiro amor da pessoa,fatos pitorescos da infância e da puberdade,que não significam nada.

Mas nesta biografia o arcabouço formador de Marx é muito bem demonstrado,a sua contemporaneidade contextual,oferecendo com o seus contemporâneos,além do mais,uma possibilidade de pesquisa autônoma de época.

Neste contexto eu “ pesquei” uma situação que prova que nem tudo é andar para a frente ,como a s revoluções exigem:hoje em dia uma das propostas para recuperar  a falta de objetivo da juventude,que se perde em drogas e valoriza coisas discutíveis,é fazer o que já se fazia no passado e no tempo de Marx.

Na hora de terminar o curso médio eram feitos testes e provas para saber se o aluno fez a s suas escolhas e amadureceu.

E no caso de Marx isto parece ter sido enganoso porque embora ele tivesse iniciado a sua carreira de intelectual de pensador,nunca deixou de ser um incapaz nas relações com outros,com a família,a qual penou desde o principio,com uma miséria evitável, se ele trabalhasse e não vivesse às custas de seu grande amigo Engels.

Os psicólogos afirmam que as pessoas intelectuais,que representam demasiado o mundo acabam se perdendo nele,porque acham que o conhecem,mas não.

Contudo ,alguém com alta capacidade de compreensão,não tem como ter um insight ético para perceber o caráter duvidoso de toda esta situação?

E no final da vida chegar à conclusão de que  não devia ter filhos,pondo neles a culpa da situação toda e se eximindo de responsabilidade não é algo condenável?

Um sujeito,ao tomar uma decisão sem medir as consequencias é uma criança não é?Faz-me lembrar a frase de Kant; “o homem que sente saudades da infância jamais saiu dela”.

Marx não tinha saudade,mas eu desconfio que não saiu dela.

 

 

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