Depois
de considerar a biografia de Isaiah Berlin como a melhor,achei casualmente uma
que a supera:esta aí de cima de Gareth Jones,um jornalista dos anos 30 que
denunciou diretamente a fome na Ucrânia e que misteriosamente despareceu
,provavelmente assassinado pelo fautores deste crime.
Esta
biografia é interessante porque ela valoriza a infância e juventude de Marx,na
medida em que é o período de formação do pensador.
Geralmente
pulo a parte inicial das biografias,porque os biógrafos ressaltam o primeiro amor
da pessoa,fatos pitorescos da infância e da puberdade,que não significam nada.
Mas
nesta biografia o arcabouço formador de Marx é muito bem demonstrado,a sua
contemporaneidade contextual,oferecendo com o seus contemporâneos,além do mais,uma
possibilidade de pesquisa autônoma de época.
Neste
contexto eu “ pesquei” uma situação que prova que nem tudo é andar para a
frente ,como a s revoluções exigem:hoje em dia uma das propostas para
recuperar a falta de objetivo da
juventude,que se perde em drogas e valoriza coisas discutíveis,é fazer o que já
se fazia no passado e no tempo de Marx.
Na
hora de terminar o curso médio eram feitos testes e provas para saber se o
aluno fez a s suas escolhas e amadureceu.
E
no caso de Marx isto parece ter sido enganoso porque embora ele tivesse
iniciado a sua carreira de intelectual de pensador,nunca deixou de ser um
incapaz nas relações com outros,com a família,a qual penou desde o principio,com
uma miséria evitável, se ele trabalhasse e não vivesse às custas de seu grande
amigo Engels.
Os
psicólogos afirmam que as pessoas intelectuais,que representam demasiado o mundo
acabam se perdendo nele,porque acham que o conhecem,mas não.
Contudo
,alguém com alta capacidade de compreensão,não tem como ter um insight ético
para perceber o caráter duvidoso de toda esta situação?
E
no final da vida chegar à conclusão de que não devia ter filhos,pondo neles a culpa da
situação toda e se eximindo de responsabilidade não é algo condenável?
Um
sujeito,ao tomar uma decisão sem medir as consequencias é uma criança não é?Faz-me
lembrar a frase de Kant; “o homem que sente saudades da infância jamais saiu
dela”.
Marx
não tinha saudade,mas eu desconfio que não saiu dela.
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