Muita
gente acha que eu não deveria me preocupar em responder pessoas que sem se
revelar(embora eu saiba quem são)vêm aqui me chatear.Mas em primeiro lugar não
é do meu feitio ficar recebendo ataques o tempo todo calado e em segundo eu
conheço esta área na qual eu transito desde pequeno e não é bom deixar estes
monstros acreditarem que estão “ ganhando”.
Ademais
tenho evitado a presença deles,mas sempre alguém vem aqui para me aborrecer sem
se mostrar.E neste caso é um retorno,que eu considero ofensivo.
Novamente
dizer que eu estou na área de conforto.Vamos ver se eu explico ao béocio da vez
,aprofundando o que eu já disse em outro artigo\resposta.
Eu
sei que dizer que eu voto ,trabalho e pago imposto não adianta para estas
pessoas entenderem a minha importância ,que é a mesma delas.Mas eu repito que
isto eleva muito a minha auto-estima,porque como eu revelo nos meus artigos,o
meu pensamento político começa por aí,não pelas grandes figuras,que estes
béocios querem ser e nunca serão.
No
fundo ,no fundo, estas pessoas jogam verde para colher maduro carimbando em mim
uma intenção de incensamento que eu não tenho.Já disse:o que quero é trabalhar
e se pudesse gostaria de reconhecimento apenas para ficar na “cacunda”
dos homens para força-los a dar jeito neste mundo.Tirei isto de Darcy Ribeiro.
Mas
em momento nenhum admito ser tachado de “conformista”. Apenas eu penso
que o processo de mudança não é infinito e que não há como,em qualquer circunstância,submeter
tudo ao seu principio. Mesmo na luta há
instâncias que devem ser preservadas,como a privada,pessoal.
A
queda no totalitarismo se dá exatamente pelo não reconhecimento desta verdade
por parte destes beócios.
A
revolução é permanente ,mas não total,não abarcando tudo,porque isto
kantianamente é impossível.
Existem
pessoas,militantes ,que levavam a questão da revolução,que supostamente estava
ali na esquina,para todo o lugar,para a vida,para todos os momentos e elas
entendem que isto é camaradagem,compromisso com a revolução,com a verdade,ainda
que não façam nada.
Entram
em partidos,só com o afã do poder,administrando capitalismo,sem mudar nada e aí
se sentem do lado certo do mundo,engajados,diferentemente dos alienados(como
eu?).
O
que uma pessoa constrói na vida,para sobreviver e garantir a defesa de si e de outrem não é
algo contrário ao principio da revolução,que não devia contradizê-los,mas o fez
,se tornando mais uma força destrutiva do que construtiva.
Não
há lugar,no caminho da utopia,para uma revolução que destrói primeiro,para
depois construir.As revoluções bem sucedidas são aquelas que vão da construção
para a construção,porque uma que começa com a destruição não se sustém.O
passado condena.
Eu
não sou um “pacato cidadão”,pelas razões acima aludidas,mas porque vivo numa sociedade representativa,a
responsabilidade de realização é transferida aos políticos,que são os culpados
de que tudo esteja ruim.
O
fato de que me colocar assim não me torna indiferente.Tenho o direito de me
priorizar sem ser chamado de egoísta e de egocêntrico.Se eu não estiver
bem,dialeticamente falando,não poderei transmitir a ninguém nada.
Ademais
fui aos partidos para dar a minha contribuição e fui recebido(inclusive pela
minha antiga agremiação)com quatro pedras na mão,como se fosse um
intruso:enquanto os socialistas e humanistas precisaram (e precisam de mim nas
eleições)me procuram.Quando não mais,agem assim.
Eu
não vou ficar pedindo aquilo que é meu direito e se amanhã ou depois mais
beócios vierem me chamar de desinteressado e conformista eu vou dizer que
cumpram a obrigação deles e não deixem respingar nada de ruim na minha casa,em
que o totalitarismo não entra nunca mais.
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